Ministério da Economia reduz previsão de alta do PIB de 2021 de 5,30% para 5,10%

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O Ministério da Economia atualizou sua estimativa para a recuperação da economia em 2021, de avanço de 5,30% para alta de 5,10% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, enquanto o mercado segue reduzindo ainda mais suas projeções para a evolução da atividade neste e no próximo ano. A previsão consta da grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgada nesta quarta-feira (17).

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 4,88% para o PIB de 2021.

Para 2022, a estimativa no Focus é de alta de 0,93%, sendo que as respostas somente nos últimos cinco dias até a divulgação do relatório já apontaram para um crescimento de apenas 0,81% no próximo ano.

De acordo com o Boletim Macrofiscal, a perspectiva de crescimento em 2021 se apoia no bom carregamento estatístico de 2020, na taxa de poupança elevada, na rápida recuperação do investimento, no mercado de crédito robusto e na recuperação dos serviços, especialmente prestados às famílias. O documento, por outro lado, cita riscos, como a questão hídrica e uma eventual piora da pandemia de covid-19.

Embora o mercado já espere um crescimento da economia inferior a 1,0% para 2022, a estimativa da SPE passou de alta de 2,50% para 2,10%. O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024 e 2025 – todas em 2,50%.

Sobre o cenário para 2022, a SPE destaca que a projeção fundamenta-se em dados positivos do mercado de trabalho, que vem se recuperando da queda na pandemia, e também cita alto volume de investimentos contratados para o ano que vem, em parte decorrente de leilões e concessões.

“Espera-se que, com a retomada do emprego informal, a taxa de participação e o nível de ocupação voltem aos seus níveis históricos, e, com isso, o produto cresça à taxa projetada”, completou a SPE, ponderando que a incerteza é inerente às projeções e que elas tendem a ser revistas à medida que a economia sofra novos choques.

Fonte: Jornal do Comércio

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